Estudar nos leva a muitos lugares...

Estudar pode ser uma ponte para infinitas possibilidades. Quando somos pequenos achamos enfadonho, cansativo, "nada a ver". Depois estudamos pela necessidade de formação e de informação, para cavarmos um espaço no mercado de trabalho. Chega o tempo e para mim chegou, que estudar é algo mais e isso tem me dado grande prazer. Estudo porque busco, porque me interesso, porque as coisas me seduzem, me convidam, me apetecem de tal forma que quero sempre mais. Ler,descobrir, refletir, anotar, sublinhar, aprender, trocar, ouvir, questionar, procurar, encontrar, aprender de novo, indagar...Ao estudar nos jogamos no mundo da incerteza, da dúvida e é isso que nos impulsiona, que me faz querer verificar e ter a certeza de minhas suposições ou do que eu vagamente achava ser verdade. Além do conhecimento que se move constantemente, temos ainda a oportunidade do encontro. Encontrar pessoas que se tornam importantes e essenciais em nossas vidas.
Ontem estive em São Paulo para mais uma aula presencial do meu curso. Foi mais um momento singular de estar com meus amigos com quem troco palavras do mundo acadêmico e também do coração e da vida. Almoçamos no Shopping Higienópolis e lá acabei pedindo uma massa saborosa que me trouxe ótimas lembranças dos almoços com outras pessoas especiais, um outro grupo de ESTUDO.
Passei um sábado agradabilíssimo e frio, alías para mim na temperatura exata. Delícia.
No final da tarde um susto...acabei perdendo a noção do tempo na biblioteca da faculdade. Em meio a tantos livros e aquele cheirinho de história, perdi meu ônibus para Jacareí. A sorte foi ter conseguido trocar o horário da passagem que já havia sido comprada. No fim tudo deu certo. Deixei SP por volta das 17hs com uma sensação gostosa de ter feito algo por mim, algo que me dá muita satisfação: E S T U D A R.

Torna-te quem tú és - Friedrich Nietzsche

"Só você pode te atrapalhar"
Essa é a máxima do filme "Cisne Negro" que retrata a luta constante entre o que somos e o desejo pulsante de ser quem realmente se é, de deixar cair as máscaras, desvencilhar-se das amarras que colocamos em nós, passando por cima de nobres sentimentos próprios em detrimento de outrém.
O que devemos esperar para deixar surgir nossa verdadeira essência? Há pessoas que conseguem, há outras que não. A quem será que escrevo senão para mim mesma?
Respire e dê vazão àquilo que está aí bem guardado.
Não espere o tempo passar e não espere o momento de dizer é tarde demais.
Ainda é cedo.

Iniciando o Ano Letivo

Sempre fui intimamente ligada à educação e desde os meus 16 anos fui me construindo dentro dela, como uma lagarta dentro do casulo. Aliás ainda me considero lagarta e como diria sensatamente Paulo Freire, a beleza do ser que se considera inacabado será sempre permeada pelo prazer em aprender, pela sede de buscar e conhecer. Inicio 2011 em sala de aula, onde diariamente tento vencer minhas dificuldades e avaliar minha postura, repensar a minha prática na incerteza de estar fazendo a coisa certa. Tenho participado das formações da rede em que atuo e estou encantada com os estudos, com as descobertas, com a construção coletiva. Esses dias fazendo compras em um supermercado encontrei uma ex-colega de trabalho que relatou o quanto aprendeu comigo quando eu era Coordenadora Pedagógica em uma creche-escola. Fiquei feliz ao ouvir aquilo, mas pensei ao mesmo tempo, que o conhecimento não é um bem, é uma herança, é uma bagagem que vai somando por todos os lugares por onde passamos e que compartilhar o que aprendemos é uma missão de todo educador. Não sei se saberia fazer outra coisa que não estivesse ligada à missão de melhorar o mundo e beneficiar o lado humano da vida. Há quem diga que a educação infantil é a coisa mais fácil do mundo, que é só brincar, que é "baba", utilizando a expressão tal e qual ouvi de uma pessoa certa vez, mas só que está sensivelmente entregue a ela todos os dias sabe o quanto pensar existe por detrás de cada ação nossa e o quanto este pensar nos mobiliza, nos move intensamente. O fazer educativo me transforma, me ensina, me consome, me intriga, me sensibiliza, me faz buscar melhores estratégias, me faz pensar, repensar e agir, melhora o ser que sou, me faz acreditar num mundo melhor, não me deixa desistir. Desejo que em 2011 possamos traçar um belo percurso e como diria Rubem Alves: "os alunos são companheiros da grande aventura que é viver".
E você, qual é a sua história na educação?

Desculpem minha ausência!

Fiquei fora um bom tempo,não?
Não conseguia postar nadinha devido à configuração do blog, mas hoje consegui solucionar.
Voltemos então a ouvir o que diz o coração.
Gostaria muito que cada um de vocês pudesse somar e fazer parte.
Beijo grande e bom feriado.